São leis permanentes que atuam diretamente sobre todos os seres que constituem o cosmo. Portanto, o ser humano, como elemento integrante do universo, está sujeito a essas leis e deve, consequentemente, estar alinhado, sintonizado ao funcionamento delas.
Muito embora o ser humano possa desrespeitar essas leis, por ser um ser, relativamente, livre, sofrerá, ainda assim, atrito externo e conflito interior. De acordo com Grisa, (2014, p. 65, grifo do autor), “Não respeitá-las é desencadear atrito, sentir-se ameaçado de desintegração, ameaça à sobrevivência, e essa ameaça de destruição faz sofrer. Pode-se constatar, portanto, que o ser que viola uma lei cósmica sofre”.
Cabe lembrar, porém, que, assim como a dor, o sofrimento não é castigo, não representa um mal em si. Segundo Grisa (2014, p. 65), “Sofrimento é, sim, alerta, aviso, de que o Subconsciente está mal programado em algum aspecto importante”. É possível dizer, portanto, que o sofrimento é um mecanismo do subconsciente de resgatar o ser humano. Trata-se de um convite para que o ser humano volte para casa, para a sua essência cosmo-divina. Por isso, garante Grisa (2014, p. 65), “Conhecer as Leis Cósmicas é conhecer a infra-estrutura mais profunda de nosso ser, da nossa personalidade, do Ser Humano, enfim”.
A primeira lei, entre as leis cósmicas básicas, é aquela que aponta para a harmonia permanente na qual se encontra o universo. De acordo com Grisa (2014, p. 67), “[…] a Lei da Harmonia Universal integra a essência do Universo. E o Ser Humano, querendo ou não, está inserido na realidade cósmica, na realidade desse Universo”. Por isso, assim como todo o cosmo e seus elementos, o ser humano também tem a Lei da Harmonia gravada dentro de si.
A primeira consequência prática dessa programação essencial é que, de acordo com Grisa (2014, p. 67, grifo do autor), “[…] todos os seres humanos desejam ser felizes, isto é, aspiram sintonizar profundamente com a Lei da Harmonia Cósmica, reintegrando a essa manifestação objetiva do próprio Criador na vida do ser humano”.
Outra consequência prática dessa lei é que nenhum ser humano é capaz de ser feliz em estado de desarmonia, pois vai contra a sua própria natureza. Desrespeitar essa lei significa viver em conflito interior e exterior, afastar-se de sua própria essência.
É por conta dessa lei, também, que os defeitos e os erros são mais evidentes que as qualidades e os acertos, pois, considerando-se que o ser humano está permanentemente mergulhado na harmonia cósmica, tudo aquilo que foge dessa harmonia, como os erros e os defeitos, chama mais atenção.
É por conta de todas essas consequências práticas da lei da harmonia na vida do ser humano que se pode perceber que não há felicidade plena onde existam pensamentos, palavras ou atitudes desarmônicas. De acordo com Grisa (2014, p. 69, grifo do autor), “Ser feliz é, em suma, harmonizar-se com a essência do Universo e da Vida, vivenciando profunda percepção e sensação de segurança, proteção e tranquilidade”.
A segunda lei cósmica básica, a Lei da Evolução, consiste na percepção de que o universo é um ser em expansão. Segundo Grisa (2014, p. 69, grifo do autor), “Todas as amostragens que até hoje a Humanidade possui do Universo, do Cosmo, apontam sempre para uma grande realidade: o universo é um ser em evolução”. Sabendo-se que o ser humano, como partícula do universo, está sujeito às leis cósmicas, à lei da evolução, pode-se constatar que, conforme Grisa (2014, p. 70):
O Ser Humano nasce para crescer, evoluir, desenvolver-se, não para dormir, estagnar, deteriorar-se. E toda Evolução pressupõe um processo de expansão ou de crescimento, um trajeto a ser percorrido em diversas etapas para atingir um alvo, um objetivo. O Ser Humano, como elemento do Universo, inserido na Lei da Evolução, não pode parar!
Por isso quem se acomoda entra em crise. As crises surgem com o objetivo de sacudir o ser humano, de fazê-lo despertar, evoluir, mantendo-se, assim, sintonizado às leis cósmicas, à sua essência cosmo-divina.
Portanto, para manter-se em constante evolução, o ser humano deve manter sempre seus objetivos renovados. Deve, ainda, buscar desenvolver, mais e mais, os seus talentos, as suas potencialidades. Aprimorar-se em todas as áreas possíveis, na vida pessoal, familiar, profissional, espiritual, etc.
É o evoluir em harmonia que faz o ser humano experimentar o sabor da conquista. E só há sentido no conquistar, no alcançar, no vencer, enfim, pois o ser humano é um ser imperfeito, convidado a evoluir, aprimorar-se e, consequentemente, satisfazer-se com suas vitórias, com os degraus que avança na infinita escada da vida. É pela auto realização que, segundo Grisa (2014, pp. 73), “[…] o Ser Humano pode vivenciar, de forma direta e palpável, a satisfação de sentir-se integrado ao Poder Criador e Evolutivo do universo, ser partícipe com Deus no ato de criar e do evoluir cósmico”.
A terceira grande lei cósmica, a Lei da Vibração, consiste na percepção de que no universo tudo vibra, tudo vai e vem.
A matéria não existe, tudo é energia, eis a conclusão dos físicos atômicos, particularmente após a descoberta das partículas subatômicas. Não há elemento deste Planeta, deste Sistema Solar, desta Galáxia, deste Cosmo, que não seja composto de átomos, partículas atômicas e subatômicas. E o movimento faz parte da essência do átomo. Simplificando, movimento é resultado de impulsos energéticos; energia é vibração, vai-e-vem, pulsação, é dilatar e contrair. (GRISA, 2014, p. 73-74).
Na realidade prática do ser humano, a lei da vibração se aplica, principalmente, no dar e receber, no ser útil e ser valorizado. Trata-se do equilíbrio entre o dar e o receber. Isto é, quem só se doa entra em esgotamento, assim, como quem só recebe perde a oportunidade de sentir-se útil, de se sentir capaz. Para Grisa (2014, p. 75), “É no caloroso abraço […] da troca, do encontro, do somar para multiplicar, da vibração do amor, que explode a vida”.
Por Andréia Reif Zanella
09/05/2018