Observando os seres vivos na natureza, percebe-se facilmente a finalidade de alguns desses seres, particularmente no reino vegetal.
Sabe-se como eles propiciam a sobrevivência para a maioria dos outros seres vivos que se alimentam dos seus frutos, raízes ou folhas e embelezam o planeta com suas flores, folhas, cores e formatos.
Embora uns seres sejam menos complexos do que outros, dentro de um projeto maior, cada um deles, certamente, tem uma um propósito, uma finalidade. Da formiga ao elefante, todos têm uma importância dentro do ecossistema.
Alguns são, inclusive, alimento para outros que são carnívoros. Contudo, diferenciam-se dos seres humanos por serem prontos, acabados, com características e funções específicas. Eles não criam nada, só fazem aquilo para o qual foram criados.
O cachorrinho, por exemplo, faz hoje as mesmas coisas do que quando o homem ainda vivia nas cavernas.
O ser humano, por sua vez, saiu da caverna e está indo à Marte.
Nos diferenciamos, portanto, de todos os outros seres vivos por sermos inacabados, seres em processo.
Desse modo, nenhum ser humano está pronto, concluído ainda. Portanto, somos sujeitos a atos atrapalhados!
O ser humano é convidado a ser um cocriador que recebeu um planeta maravilhoso e pode torná-lo ainda mais fantástico. Portanto, tem a capacidade de criar, fazer diferente, fazer melhor, enquanto os demais seres não têm essa possibilidade.
Contudo, o ser humano como criador que é, cria coisas maravilhosas e também algumas grandes bobagens, da bomba atômica para baixo, sofrendo, assim, as consequências de suas criações, afinal, colhe-se o que se planta.
Mas qual o propósito da existência do ser humano?
A finalidade da nossa existência é servir. Somos todos interligados e interdependentes. O ser humano só existe na relação com o outro, sozinho ele não existiria, não sobreviveria.
Então, tudo o que fazemos, fazemos para o outro, existimos para o outro, assim como o outro existe para você. Tudo o que fazemos de bens e serviços é para o outro. Tudo o que você tem e tudo o que você é, só o tem ou só o é porque o outro produziu para você ou serviu você.
Só quando entendermos o porquê e qual a finalidade da nossa existência, poderemos nos sentir melhor, valorizar a importância do outro, sentir o valor da nossa existência no contexto das relações humanas.
Enfim, passaremos a viver, não só para trabalhar e receber um salário, mas, nos sentiremos orgulhosos de estarmos servindo e agradecidos por estarmos permanentemente sendo servidos.
Até breve! 🙂
Texto de Vilson Rafael Stolf