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Vilson Rafael Stolf

abril 17, 2019

Reações Desproporcionais: o Palito de Fósforo e o Barril de Pólvora

Você já observou, presenciou ou até vivenciou cenas em que, diante de algo muito simples, insignificante, as pessoas agiram de uma forma tremendamente desproporcional ao fato?[...]

O que leva uma pessoa a ter explosões emocionais violentas, às vezes até trágicas, diante de pequenos fatos, pequenos acontecimentos?

Se isso já aconteceu com você ou com outra pessoa, há que se fazer a seguinte pergunta: O que há com essa pessoa que é levada a tal destempero, a tal descontrole e, em seguida, a se arrepender amargamente do que acabou de fazer?

A desproporcionalidade de comportamento é um sintoma a ser levado muito a sério, pois indica haver algo muito importante e urgente a ser tratado na pessoa.

O que é um palito de fósforo? É algo pequeno, sem grande valor ou importância. Mas, é o que ateia fogo no barril de pólvora.

Isso quer dizer que a pessoa tem uma programação mental de muita dor, de dor na alma a ser curada – um barril de pólvora pronto para explodir a qualquer momento.

Essa reação não é voluntária ou decidida pela pessoa conscientemente, mas uma força maior que ela e que a leva a esse comportamento. Isso é importante compreender. A pessoa não é culpada. Não podemos julgar a pessoa por esse ato e, como muito dizemos, é preciso separar a pessoa do ato atrapalhado.

O Poder da Compreensão e da Reprogramação

No entanto, isso não significa que ela não deva ser responsabilizada pelo comportamento exagerado. Entender o que há além daquela pessoa, muitas vezes dócil, amorosa e carinhosa, é fundamental até para poder ajudá-la.

Portanto, pessoas que têm esse comportamento recorrente, precisam de um tratamento terapêutico, pois, se o indivíduo sufoca, reprime o sentimento por esforço racional, pode ocorrer uma psicossomatização, desenvolvendo, inclusive, doenças graves como câncer, enfarto e outros problemas. Ou seja, quando não explode e agride, acaba implodindo.

É importante então, compreender-se e compreender o outro sem julgar ou condenar, pois a pessoa é vítima de programações atrapalhadas que, por insegurança, desencadeia a agressão ou a explosão decorrentes de alguma ameaça percebida pelo subconsciente, com base em experiências de risco que a pessoa passou quando ainda bebê no período da estruturação da personalidade.

E é por isso que algumas das programações negativas herdadas desde a concepção levam a comprometer muitos relacionamentos, já que as pessoas envolvidas não sabem como funciona a mente, especialmente a mente subconsciente que atua de forma autônoma, automática e independente do consciente e é dela que emanam as emoções e os comportamentos.

Como dizia Santo Agostinho, odeie o pecado, mas ame o pecador. Ninguém é mau porque quer ser mau, ninguém falha porque quer falhar.

E você? Já teve alguma reação desproporcional, que depois não conseguia compreender o que te levou a agir dessa forma?

Até semana que vem! 🙂

Texto do Prof. Vilson Rafael Stolf
Adaptação: Marcela Salomão

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