Segundo Bruce Lipton,(2007, p. 48-49) “por 2,7 bilhões de anos, a vida no Planeta Terra era constituída somente por unicelulares, vírus, bactérias, protozoários e amebas”.
Mas, existe uma Lei no Universo, Lei da Evolução, que não permite estagnação.
E por bilhões de anos os unicelulares cresceram em si mesmos e foram se tornando células mais evoluídas e mais inteligentes e após longo período, não conseguiam mais crescer como células únicas e, desde há 750 milhões de anos os unicelulares começaram a se unir em colônias, depois em comunidades e formaram seres mais complexos como os vegetais, por exemplo (Lipton, 2007, p.49).
Posteriormente, seguindo a Lei da Evolução quando os vegetais podiam servir de sobrevivência para outras espécies, desenvolveram-se células ainda mais especialistas para que, em comunidades também mais complexas e, após os vegetais, estáticos, surgem os animais, peixes e aves que se locomovem sobre a face da terra.
E, somente há 250 milhões de anos surge o ser mais complexo de todos, o Ser Humano.
Seguindo um dos Princípios do Universo, que é viver em comunidade e a Lei da Evolução, as células que são micro-organismos inteligentes vão formando comunidades especialistas para dividir as tarefas num organismo como o corpo humano formado por 50 trilhões de células.
Então, as células especialistas em respiração vão formar a comunidade do sistema respiratório. As células especialistas em circulação vão formar o sistema cardiovascular, outras o endócrino, o hormonal, o muscular e assim os 13 subsistemas que compõe o corpo humano.
As 50 trilhões de células que formam o nosso corpo estão permanentemente interligadas, são interdependentes, comunicam-se o tempo todo e estão sempre prontas para juntas, proteger todo o organismo. Por exemplo, quando tomamos uma vacina, no exato momento em que sentimos a agulha penetrar a nossa pele, imediatamente todas as células são informadas que a comunidade está sofrendo uma agressão e todo o organismo, a mente e a atenção voltam-se para tal agressão.
Bem, de acordo com o Princípio da Vida em Comunidade, todas as espécies vivas são levadas a essa convivência comunitária e todos os seus indivíduos agrupam-se e garantem sua sobrevivência conjuntamente. Exceto o ser humano que, por ter a capacidade de criar, acaba criando situações que anulam esse princípio por viver em desarmonia e sofre as consequências por afastar-se dos seus semelhantes.
Isso nos leva a refletir sobre, como estamos convivendo conosco mesmos e com os nossos pequenos grupos, casal, família, comunidades maiores e até a grande comunidade humana no planeta terra, pois quanto mais distanciados estivermos dos nossos semelhantes, mais sofremos por anularmos um dos princípios basilares do universo, o de viver em comunidade.
Esse princípio, na Parapsicologia equivale à Lei de Sobrevivência da Espécie no Espaço.
Além dos grupos de convivência acima citados, vamos ver que tudo que é realizado pelo ser humano é sempre realizado em comunidade. Isso não quer dizer que as pessoas em comunidades vivam em harmonia, mas, quanto mais harmônico for um relacionamento, melhores serão os resultados, seja pela satisfação, realização e sentimento de pertencimento que cada indivíduo sente em ter sua presença valorizada pela importância que exerce junto aos demais membros da comunidade.
A vida em comunidade é tão importante e necessária que, praticamente tudo o que temos, usamos e consumimos é produzido por pessoas, especialistas em cada função, trabalhando em comunidade.
Uma empresa que confecciona roupa, por exemplo, é formada por uma grande comunidade e diversas pequenas comunidades de pessoas especialistas em cada etapa e em cada operação para termos uma peça de roupa pronta.
Esse modelo de empresa compõe-se de uma comunidade especialista em fiação, outra comunidade de tecelões que tecem o tecido, a comunidade que vai talhar o tecido, a comunidade que vai costurar a peça talhada, outras comunidades que vão fazer a peça chegar até os consumidores e assim, sucessivamente.
Portanto, os elementos que compõe cada grande ou pequena comunidade, sentir-se-ão mais satisfeitos e mais realizados à medida que estiverem comprometidos com um objetivo comum a partir de um inter-relacionamento harmônico, sem entrar no mérito de resultados financeiros, o fato de estarem se relacionando mutuamente com amizade verdadeira em que a convivência torna os encontros cada vez mais alegres, saudáveis em que cada encontro sempre vale a pena.
Podemos concluir, por fim, que um dos maiores desafios da espécie humana é a dificuldade de conviver com seus semelhantes de forma harmônica, integrada e inteligente preservando o Princípio Universal da Vida em Comunidade. E, sendo assim, devemos estar permanentemente, refletindo, analisando e nos propondo a superar todas as divergências, diferenças e transformar cada desafio numa oportunidade de aprendizado, crescimento e nos auto conhecer, conhecer o ser humano na sua diversidade de comportamentos, ideias, culturas e, sabiamente, nos compreendermos e compreender os outros que sempre têm muito mais valores, virtudes e qualidades do que algumas normais limitações.