Homens e Mulheres: a importância do caminho do meio

Os homens vêm de uma cultura machista milenar em que as mulheres sempre foram consideradas de valor e importância inferior – muitas vezes humilhadas, surradas e excluídas.

Ao mesmo tempo, na prática, sempre foram fundamentais para o homem, como na educação dos filhos e nos cuidados do lar para que o homem pudesse exercer seu principal papel de provedor da família.

Portando, ambos sempre foram mutuamente imprescindíveis para a existência da humanidade, embora a mulher não fosse assim reconhecida.

No entanto, há alguma décadas, as mulheres têm reivindicado seus direitos de igualdade e vêm conquistando espaços inimagináveis, o que tem causado inúmeros transtornos nas relações.

De um lado, muitas mulheres – exageradamente feministas – lutando para acabar com o machismo arraigado na mente subconsciente do homem e também das mulheres.

De outro, diversos homens assustados, sentindo-se ameaçados pelo avanço das mulheres em atividades e posições que culturalmente só eles desempenhavam e assumiam.

Assim, com medo de perderem seu “reinado” de “machos”, ficam muito confusos e, na tentativa de retomarem suas “posições”, agem de forma forte, às vezes agressivos e violentos.

Contudo, como as mulheres agora também se defendem e não aceitam mais a submissão, acabam ocorrendo embates extremados dos dois lados.

Como harmonizar essas relações?

Duas afirmações muito citadas: “Os extremos são maus” e “A virtude está no meio”.

Entendemos que esse deve ser o espírito. Para isso, precisamos compreender os processos de mudanças necessários para se chegar ao equilíbrio.

As mulheres podem ser mais compreensivas para perceberem que está em curso uma forte transformação do machismo e uma caminhada da emancipação feminina já bastante significativa!

No entanto, sabemos que essas programações culturais milenares não mudam em pouco tempo.

São processos lentos! Quando se atua para mudar forçosamente algo tão consolidado, tende-se a agir com uma força feminista equivalente a força machista tão combatida.

Por sua vez, os homens também podem compreender que, se as mulheres assumem posições e atividades que outrora eram exclusividade deles, não se trata de perder poder de decisão e comando, mas sim de compartilhar os poderes e atividades!

Afinal, ter ao seu lado uma mulher forte, competente e capaz de contribuir, inclusive com a provisão do grupo familiar, é muito positivo e muitas vezes necessário!

Uma atitude bem inteligente seria os homens compreenderem por meio do diálogo com as mulheres que elas não querem  “derrubá-los”, pois todos são importantes para o funcionamento do todo!

Assim, ambos devem estar mais abertos para mudanças que trarão harmonia na caminhada onde não precisa haver comandantes e comandadas.

Desse modo, a soma do todo, sempre que existe igualdade de direitos e deveres no lar e fora do lar, se torna maior que a soma das partes e a harmonia pode prevalecer em todas as relações entre homem e mulher.