Ao longo de toda a história humana, sempre tivemos pessoas que tiraram a própria vida, mas nunca na proporção dos últimos tempos.
No entanto, podemos perguntar: a morte será um fim? Ou será o início de um novo modo de viver?
Muitos clientes em terapia, candidatos a suicidas, nos disseram, “eu não quero me matar, mas tem uma força que me impele a tentar o suicídio”.
Que força é essa?
Hoje entendemos que, por mais paradoxal que possa parecer, a força “estranha” que leva à morte, é a força que busca a vida e felicidade noutra dimensão.
Assim, o suicídio só ocorre quando a pessoa não tem mais nenhuma expectativa de vida, não vislumbra nenhuma possibilidade de ser feliz.
Nessa condição, começa uma “luta” entre consciente e subconsciente.
O subconsciente, na sua função de garantir vida e felicidade, não percebendo mais nenhuma perspectiva de alcançar tais estados, induz a pessoa a buscar isso fora do corpo.
No entanto, esse é um corpo que “moramos” por um certo tempo, considerando que não somos apenas matéria, mas que existimos e vivemos, enquanto essência infinita, nesse corpo.
Por sua vez, o consciente – que por educação e respeito aos que ficam, pela formação cultural e religiosa – não aceita tal ideia, resiste ao máximo. No entanto, em algum momento extremo, o subconsciente supera todas as resistências do consciente e executa o ato.
Suicídio como ato subconsciente
Portanto, no nosso entendimento, suicídio não é um ato consciente e sim totalmente subconsciente que, como já dito, busca encontrar vida e felicidade fora da matéria.
Mas, o que leva uma pessoa a não ter nenhuma perspectiva de vida? É uma frágil estrutura de personalidade que é forjada, basicamente, durante a vida intrauterina, no processo de nascimento e infância, em cujas etapas são estabelecidas as bases que determinam a vida do futuro ser.
Sendo assim, se o bebê é gestado numa condição de muita insegurança, ameaça de aborto, a mãe impossibilitada de dar-lhe atenção, afeto e acolhimento adequado, o bebê sente-se um peso.
Sem nenhum projeto de vida para ele por parte dos genitores, é muito possível que esteja se formado um futuro cidadão com depressão e, em caso extremo, um candidato ao suicida.
Nunca na história humana, por inúmeras razões, se rejeitou tanto os filhos como nos últimos tempos, o que explica o grande número de suicídios nos dias de hoje.
Bem, como agir com uma pessoa que pensa em suicídio?
Primeiramente, encaminhe-o a um psiquiatra para diminuir o sintoma com uso de medicação e, em segundo lugar, conduza-o a um terapeuta que, preferencialmente, trabalhe com a causa do problema, como é feito em algumas linhas terapêuticas como a Parapsicologia Científica e Independente, por exemplo.
Texto de Vilson Stolf